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        DADOS 

O QUE É A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?

A violência doméstica resulta da dominação e controlo de um indivíduo sobre outro indivíduo sendo que na maior parte das vezes, a pessoa que agride é a pessoa com quem vivemos. A violência doméstica não tem fronteiras, ocorre em todos os casais (hetero/ homossexuais), estratos sociais, faixas etárias, religiões, etnias, etc. As estatísticas disponíveis não transcrevem a dimensão real da situação. Apenas uma pequena percentagem das situações de violência doméstica é denunciada junto das autoridades. Segundo dados da Estrutura de Missão Contra a Violência Doméstica, em Portugal, 1 em cada 3 Mulheres sofre alguma forma de violência durante a vida.

São várias as razões que contribuem para que as Mulheres nem sempre denunciam as violências de que são alvo:

->O medo

->A vergonha

->A baixa auto-estima que desenvolvem

->O sentimento de culpa

 

São muitos os mitos acerca da violência doméstica.Acreditar neles perpetua o problema.Mito: O álcool e/ou as drogas fazem com que as pessoas se tornem violentas.Realidade: As substâncias químicas não são a causa da violência, mas podem potenciá-la porque têm um efeito desinibido.Mito: Os homens que batem nas Mulheres são doentes mentais.Realidade: Os agressores são pessoas “normais”. No entanto, a forma como se comportam nas relações interpessoais pode revelar uma estrutura violenta.Mito: A violência doméstica é um problema que não afecta muitas Mulheres e só existe em famílias de baixo nível socioeconómico.Realidade: As estatísticas internacionais indicam que existam entre 20% e 30% de Mulheres vítimas dos seus companheiros ou maridos, que provêm de todos os estratos sociais, de todas as idades, raças e credos religiosos.Mito: Uma agressão é apenas uma perda momentânea da razão por parte da pessoa que agride.Realidade: Qualquer tipo de violência, de uma pessoa sobre outra, é crime. O/A agressor/a age para manter o controlo.Mito: As Mulheres vítimas de violência consideram importante para o desenvolvimento dos/as filhos/as a convivência destes com o pai.Realidade: Cientificamente está provado que só pelo facto de as crianças estarem expostas a situações de violência é possível observar o impacto dessas vivências através de alterações comportamentais, emocionais e psicológicas das crianças.Mito: As Mulheres vítimas de violência doméstica só o são porque não saem de casa e até devem gostar de apanhar.Realidade: As Mulheres sobreviventes de violência canalizam as suas energias, diariamente, a tentar sobreviver e a evitar serem mortas.Mito: A Mulher não pode sair de casa porque perde direitos e pode ficar sem os/as filhos/as.Realidade: A Mulher tem o direito e a responsabilidade de proteger-se a si e aos seus filhos.Mito: O álcool e as drogas tornam o homem violento.Realidade: A maior parte dos homens violentos, são-no, sem estarem sobre o efeito do álcool ou drogas.

 

São vários os factores que levam uma mulher a continuar a viver com a pessoa que a agride.

  • Medo de represálias por parte da pessoa agressora: muitas vezes ameaça persegui-la e/ou matá-la, a ela e às crianças, se saírem de casa.

  • Dependência económica: a Mulher pode não ter emprego ou recursos financeiros que lhe garantam autonomia.

  • A existência de filhos: a situação torna-se mais complicada quando tem crianças a seu cargo.

  • Baixa auto-estima: o desgaste contínuo provocado pela pessoa que a agride.

  • As crianças: acredita que é melhor para as crianças crescerem na convivência do pai.

  • Isolamento: sente que ninguém acredita nela (esquadra de polícia e serviços sociais) e não se sente apoiada por parte de amigas/os ou familiares.

  • Pressão da família: a pessoa agressora convence por vezes a família de que está tudo bem entre o casal, que os problemas são culpa dela.

  • Sofrimento aprendido: se a Mulher cresceu num ambiente de violência há mais probabilidades de achar que a violência faz parte das relações normais do casal.

  • Amor: muitas vezes, a Mulher ama o/a seu/sua parceiro/a e acredita que ele/a vai mudar.

  • Papéis tradicionais da Mulher e do homem na sociedade: acredita que é o seu dever manter a unidade familiar, cuidar do bem-estar da família e do espaço doméstico.

     

     

CONSEQUÊNCIAS AO NÍVEL DE SAÚDE FÍSICA

 

  • Nódoas negras

  • Dores de cabeça

  • Aborto espontâneo

  • Hemorragias

  • Fracturas

  • Problemas ginecológicos

 

  • Baixa auto-estima

  • Sentimento de incapacidade

  • Ansiedade

  • Irritabilidade

  • Depressão

  • Perda de memória

  • Abuso de álcool e drogas

  • Tentativas de suicídio

     

 

  • Isolamento

  • Dependência económica

  • Perda do emprego

 

  • Não julgar. Ouvir. Acreditar

  • Respeitar as decisões que a sua amiga tomar, ela pode ainda não estar pronta para sair da relação

  • Dizer-lhe que a violência não é responsabilidade dela

  • Dizer-lhe que a violência doméstica não é aceitável

  • Dizer-lhe que está disponível para a apoiar

  • Estabelecer com ela um plano de segurança (ainda estou a clarificar se poderá ser o mesmo da agenda do Progride)

  • Informar que existem organizações que fornecem apoio e garantem a confidencialidade

  • Dizer-lhe que poderá apresentar queixa na Esquadra da PSP ou GNR mais próxima, Polícia Judiciária ou dirigir-se aos serviços do Ministério Público do Tribunal da sua Comarca

FATORES DE INFLUÊNCIA 

MITOS E REALIDADES

CONSEQUÊNCIAS MENTAIS

 

CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS

COMO AJUDAR ALGÉM VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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